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segunda-feira, 11 de julho de 2011

SEA PROMOVE MUTIRÃO EM JARDIM GRAMACHO.

Com o objetivo básico de ajudar os catadores de lixo do Aterro de Gramacho, no Município de Duque de Caxias, a encontrar alternativas de emprego e renda até o fechamento definitivo do local, previsto para o primeiro semestre de 2012, a SEA (Secretaria de Estado do Ambiente) organizou sábado passado (9/7) um mutirão de cidadania e saúde no bairro de Jardim Gramacho.

Com o apoio de diversos órgãos e secretarias dos governos estadual e federal e da Prefeitura de Duque de Caxias, entre outros parceiros, o mutirão serviu para o recadastramento dos catadores, ajudando-os a retirar documentos – como certidões de nascimento, carteiras de identidade e CPFs –, e para um levantamento do seu perfil epidemiológico. O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, participou das atividades pela manhã.

Desde o início deste ano, quando reassumiu o cargo de secretário, Minc chamou para a SEA a responsabilidade de viabilizar alternativas de renda e trabalho para cerca de 1.200 catadores. “Com a participação de lideranças de catadores, os governos se uniram para da uma mão à população de Jardim Gramacho. Estamos fazendo esforços para dar alternativas de emprego e renda às pessoas.”

Minc lembrou outro dado importante para que os catadores procurassem ter sua documentação em dia: a possibilidade de se inscrever no programa do governo federal Bolsa Família, reforçando assim seus rendimentos mensais.

Perfil de saúde de catadores

Outro trabalho importante de apoio aos catadores e seus familiares promovido hoje foi o levantamento do estado de saúde de 120 trabalhadores, que servirá de amostra para ações de tratamento. Organizado pelo coordenador de Saúde Ambiental da SEA, Luiz Tenório, o trabalho é uma ação conjunta do Ministério da Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde e da Secretaria Municipal de Saúde de Duque de Caxias.

“A partir dessa amostragem, que representa cerca de 10% do universo dos catadores, vamos traçar políticas de atendimento, como serviços médicos mais adequados e cuidados de higiene e de boa alimentação”, afirmou Tenório. Segundo ele, exames iniciais haviam detectado os casos de enfermidades mais frequentes: tuberculose, hanseníase e doenças infectoparasitárias e dermatológicas.

Ao lembrar que no ano que vem será promovida na Cidade do Rio de Janeiro a conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável Rio+20, o secretário Carlos Minc disse que, com o apoio de diferentes esferas governamentais, o bairro pode se tornar “um caso exemplar de recuperação social, ambiental e urbanística”.
Minc estimulou então os catadores a se inscrever para participar de audiência pública em que será discutido o futuro de Jardim Gramacho e também dos catadores e de suas famílias, que vivem basicamente da coleta de materiais recicláveis do lixo da Região do Grande Rio que é encaminhado diariamente para o Aterro de Gramacho.

Aumento do número de cadastrados

A vice-presidente da Coopergramacho (Cooperativa de Reciclagem de Gramacho), Ana Paula Serafim da Silva, classificou o mutirão de hoje como “um trabalho muito importante”. Segundo ela, havia cerca de 1.200 catadores oficialmente cadastrados, mas com o mutirão, este número subiu para aproximadamente 1.300.

E deste universo, cerca de 400 não possuíam algum tipo de documento, como certidões de nascimento. “Este trabalho é uma forma não apenas das pessoas serem reconhecidas. Com sua documentação em dia, ficará mais fácil encontrar outro tipo de trabalho”, disse Ana Paula.

Segundo ela, levantamentos feitos junto aos catadores revelaram que grande parte deles – cerca de 650 – não quer continuar em trabalhos ligados à reciclagem de lixo, preferindo encontrar alternativas de emprego e renda – basicamente trabalhando no setor da construção civil e em atividades de corte e costura; no caso das mulheres.

A superintendente de Articulação Institucional da SEA, Denise Lobato, afirmou que a ação principal coordenada pela secretaria visa a desenvolver alternativas de trabalho e renda na cadeia da reciclagem, principalmente com o apoio da Prefeitura de Duque de Caxias, mas que nada impede que os catadores busquem outras opções de emprego.
Denise elogiou o apoio que está sendo dado para a formulação de projetos e ações por parte não só prefeitura de Caxias, mas da Comlurb, BNDES, Petrobras, Caixa, Sebrae, Senac e Ibase.

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