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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

ASSENTAMENTOS RURAIS CONCENTRAM DESMATAMENTO NO SUL DO AMAZONAS.

Segundo análise do SDS, áreas com mais pressão ficam na divisa com AC. Índice de devastação cresceu 17% no estado no último ano, indica Prodes.

Assentamos rurais cadastrados no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no sul do Amazonas são os principais responsáveis pelo desmatamento detectado no estado entre 2009 e 2010. A análise é da Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (SDS).
  
O órgão baseou-se em no último balanço divulgado nesta semana pelo Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), segundo o qual a Amazônia Legal perdeu 6.451 km² de florestas no período de um ano. Apesar de a área ser maior do que o território do Distrito Federal, o índice de desmatamento foi o menor já registrado desde que começaram as medições, em 1988.

A taxa de devastação caiu 13,6% no período, considerando a média para todos os estados. Mas cresceu 17% no Amazonas e 63% no Acre, únicos em que foi observada a intensificação do desmatamento entre 2009 e 2010.

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Operação feita em 2009 no Amazonas apreendeu madeira suficiente para encher 80 carretas. (Foto: Ibama-AM/ Divulgação)
 
A área desmatada no Amazonas, de 474 km², representa 7,35% do total detectado para a Amazônia Legal. Segundo a SDS, a observação de dados do Inpe permite concluir que a pressão por novos desmatamentos ocorre no sul do estado, sobretudo nos assentamentos rurais Acari, Aripuanã Guariba, Juma, Antimary, Terra Firme, Gedeão e Matupi.

O assentamento com maior área é o Aripuanã Guariba e tem mais de 122 mil km². Mas, segundo a SDS, apenas 80 famílias vivem no local. Já o Juma tem uma área de 6,8 mil km² e abriga 6.145 famílias, sendo o assentamento mais populoso entre os que mais desmataram no último ano.

De acordo com a SDS, a maior pressão por desmatamento no Acre influenciou novas derrubadas no Amazonas. O município em que esse efeito fica mais evidente é Boca do Acre, que fica na divisa e é cortado por estradas secundárias criadas para a extração de madeira da floresta.

O órgão também destaca que o Prodes ainda não considerou uma reformulação territorial entre o Amazonas e o Acre, instituída em 2008 pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a determinação, uma área de 1,2 milhões de hectares foram repassadas ao estado vizinho naquele ano.

Segundo o Plano Estadual de Prevenção e Controle ao Desmatamento do AM, o estado tinha a meta de reduzir em 38% o desmatamento até 2010, tomando como base taxas observadas entre 1996 e 2005. Segundo a SDS, os índices registrados nos últimos anos estão dentro do prevista para alcançar esta meta.

fonte: www.globoamazonia.com

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