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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

AUTORIZAÇÃO PARA FUNCIONAMENTO DO ALTO FORNO 2 DA CSA FOI RESPALDADA POR AUDITORIA.

A secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, assegurou nesta segunda-feira (20/12), em coletiva à imprensa, que os procedimentos adotados pela Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) para dar início ao funcionamento do seu alto forno 2 são adequados e seguros, sob o ponto de vista ambiental. Segundo Marilene Ramos, a autorização para a partida do alto forno 2, na última sexta-feira (17/12) , foi baseada em um laudo emitido pela CH2M Hill, auditoria de padrão internacional, que atestou como seguras as condições de funcionamento do equipamento.

- Estou convicta de que os procedimentos adotados pela Companhia para ligar o seu alto forno 2 são totalmente diferentes em relação ao alto forno 1, que apresentou uma série de problemas - disse Marilene Ramos.

- Durante o fim de semana, fizemos o monitoramento da qualidade do ar, de hora em hora, e atestamos que as concentrações de partículas totais variaram entre 21,2 e 38,4 microgramas por metro cúbico, valores estes até seis vezes inferiores ao padrão estabelecido pelo Conama, que é de 240 microgramas por metro cúbico. Esse monitoramento é feito em cinco estações instaladas nas comunidades no entorno da empresa, em Santa Cruz - explicou a secretária, ao lado do presidente do Inea, Luiz Firmino Martins Pereira.

O Inea não se manifestou contra ou a favor do funcionamento do alto forno 2, embora tenha se comprometido com o Ministério Público em conceder autorização para o seu funcionamento somente após auditoria plena em todos os seus processos, o que levaria até 60 dia para ser concluída. A secretária afirmou, entretanto, que o laudo emitido pela CH2M Hill – para o processo de partida do forno - foi decisivo para permitir que o alto forno 2 fosse ligado.

- A Companhia alegou que o prazo de 60 dias era muito longo e que isso lhe acarretaria sérios prejuízos econômicos, jurídicos e sociais, inclusive com a possível demissão de 800 postos de trabalho. Por isso, tomamos essa decisão, com o aval do governador Sérgio Cabral, que entendeu a necessidade da CSA. Mas, tudo sob o acompanhamento rigoroso dos órgãos ambientais - garantiu Marilene Ramos.

Em agosto deste ano, o Inea multou em R$ 1,8 milhão a CSA por poluir o ar com material particulado no entorno da siderúrgica. A punição ocorreu depois de uma vistoria que comprovou que, embora esteja em fase de pré operação, a CSA não comunicou ao Inea, antecipadamente, que enfrentava problemas com o alto forno 1 para que fossem adotadas providências que viessem a minimizar as emissões, e que só foram detectadas pelas estações de monitoramento instaladas na unidade.

As emissões de poluentes pela CSA resultaram de dois defeitos na linha de produção de ferro-gusa. O mais grave ocorreu na máquina de lingotamento de fabricação alemã, que não permite que a produção alcance a capacidade máxima de 7,5 mil toneladas, obrigando a empresa a utilizar os poços de emergência. Ao resfriar o material incandescente nesses poços, que ficam em uma área aberta, o material particulado acabou sendo lançado no ar.

De acordo com a secretária, as exigências feitas à siderúrgica para amenizar os efeitos das emissões foram: redução da produção para a capacidade mínima, de 3,2 toneladas, o equivalente a 40% da máxima; o aumento da aspersão de água no poço de emergência para reduzir a quantidade de partículas lançadas no ar, além do fechamento e da instalação de uma coifa na área do poço de emergência, para que no caso de necessidade de uso, o material particulado não volte a poluir o ar.


fonte: www.inea.rj.gov.br

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