DINAMITADOS MAIS OITO FORNOS PARA PRODUÇÃO DE CARVÃO ILEGAL EM RIO BONITO.

DINAMITADOS MAIS OITO FORNOS PARA PRODUÇÃO DE CARVÃO ILEGAL EM RIO BONITO.

A Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) e o Batalhão Florestal da Polícia Militar deflagraram na última quinta-feira (28/10) a sexta operação de repressão e destruição de fornos para a produção ilegal de carvão vegetal na Serra do Sambê, no município de Rio Bonito. O foco desta vez foi na origem, quando foram explodidos oito fornos, com a utilização de 40 kg de dinamite.

Os fornos dinamitados foram construídos em locais de difícil acesso, onde só é possível chegar após longo período de caminhada. Por este motivo, o helicóptero do Instituto Estadual do Ambiente (INEA), órgão executivo da SEA, foi usado para agilizar a operação, conduzindo os fiscais, policiais e explosivos até o local, que fica no topo da montanha.

A Serra do Sambe faz parte do maciço da Serra do Mar e abriga diversos mananciais, sendo refúgio ecológico da fauna, além de preservar diversos exemplares originais da Mata Atlântica. É, portanto, de suma importância para o Estado, visto que na área estão localizadas as nascentes de vários rios, inclusive, os contribuintes de duas das mais importantes e estratégicas bacias hidrográficas no território fluminense: a do Rio São João, que abastece toda Região dos Lagos, e a da Baía da Guanabara.

O coordenador da Cicca, José Maurício Padrone, admitiu que é muito difícil descobrir quem são os verdadeiros proprietários das terras, pois não existem atualizações dos cadastros dos imóveis junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Segundo Padrone, as pessoas que fabricam ilegalmente o carvão são, em geral, posseiros do local que cortam as árvores originais da Mata Atlântica e queimam em fornos escondidos no alto da serra.

- A Cicca vem fazendo um forte trabalho de inteligência na região desde março, mapeando possíveis construções de novos fornos de carvão, bem como, monitorando quem fabrica, transporta e vende o produto. O meio ambiente vai ganhar esta guerra contra os carvoeiros e a Cicca realizará tantas operações quantas forem necessárias, até acabar de vez com esta degradação ambiental imensurável. É um prejuízo ambiental muito grande para um lucro tão pequeno e que favorece a tão poucos - afirmou Padrone.
fonte: www.inea.rj.gov.br